terça-feira, 30 de dezembro de 2008

Balanço

Nesta altura, à beira do fim do ano, muita gente faz um balanço dos últimos trezentos e sessenta e tal dias.
Não posso dizer que o meu 2008 tenha sido mau - podia ter sido melhorzinho, mas podemos dizer o mesmo de quase tudo o que acontece, não é verdade?

Mas questionei-me por mais do que uma vez sobre os acontecimentos em si, se determinadas coisas foram meras coincidências ou se de facto existe um bigger plan que desconheço. Acaso ou necessidade? A resposta escapa-me.
O que sei é que um desses acontecimentos, por si só bastante desagradável, foi no entanto a porta para um outro, bem positivo. Nem é bem como o velho ditado que diz "quando se fecha uma porta abre-se uma janela" - neste caso a janela fechou-se com estrondo e partiu-se toda e quando dei por isso tinha-se aberto o portão ...

Espero que este 2009 prestes a nascer traga, pelo menos, o que 2008 teve de bom mas - obviamente - sem o mau agarrado. E mais umas coisinhas boas também eram bem vindas, claro ... mas nunca podemos escolher à partida o que vai suceder porque isso iria estragar a surpresa toda, não era?

Ficam portanto os meus votos para todos os cibernautas que ao longo dos últimos tempos me têm agraciado com as suas visitas e comentários: que em 2009 as surpresas sejam boas - e que ocorrências menos felizes tenham um pré-aviso decente para nos prepararmos.

A todos, um Bom Ano de 2009

sexta-feira, 26 de dezembro de 2008

Pós Natalices


O dia inteiro com um piso quase só para mim.
Foi dia de arrumar papelada, clips para um lado, papéis para outro, rasgar, agrafar, furar, arquivar.
Separar coisas, ordenar por prioridades, dar seguimento.
Anotações.

Era bom que conseguisse organizar os sentimentos como se organizam os papéis ... livrar-me do que não quero, do que não faz sentido. Do que dói.
E guardar numa gelatina o que se quer preservar.

segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

Duplicidades

Novas tecnologias ...
Vivemos duas vidas.

Uma em que vemos e somos vistos, sorrimos ou não, comemos ou não, caminhamos ou conduzimos pela rua, onde por vezes chove ou não.

Outra em que nos mostramos de forma diferente, em que não somos vistos pelo aspecto que temos mas por aquilo que decidimos partilhar dos nossos sonhos, ideias e vivências.

Passamos de uma vida para outra com um clique de rato, um deslizar de painéis virtuais – num momento estamos num cais diferente fazendo o transbordo para outra linha do metro, vida seguindo noutra direcção.

Rimos em silêncio, siglas e caracteres transmitindo emoções por entre palavras que nem sempre mostram quem de facto se esconde por trás do écran. Há quem tenha online uma vivência muito mais rica de contactos do que com as pessoas de carne e osso que as rodeia nessa outra vida, cá fora. Pessoas essas a quem receamos contar algumas coisas, com quem não queremos partilhar pensamentos – as mesmas coisas e pensamentos que não hesitamos em expôr na vastidão do cyberespaço.

Vivemos duplicidades, second life em palavras descrita.



Mais um clique, um painel que desliza ... noutra pista, a vida segue dentro de momentos.

sábado, 20 de dezembro de 2008

Não é possível

... obrigar o coração a sentir o que não quer.

Há pouco estava a ouvir esta canção



Tem passado na rádio, ouvi-a distraidamente no carro sem ligar muito à letra. Só que eu sou, de facto, uma pessoa que dá muito valor às letras das canções.
É talvez o meu mal; já me disseram "és muito emotiva": reajo à música. Mas talvez seja também o que me permite sentir a música de uma forma mais profunda, quando letra e melodia não se limitam a entrar nos ouvidos, ressoar no cérebro e sair de seguida sem deixar rasto.

Há letras/poemas que cravam as garras na carne, penetram até aos ossos, tangem uma corda na alma e passam de alguma forma a fazer parte de mim.

(...)
Running back through the fire
When there's nothing left to save
It's like chasing the very last train
when it's too late, too late

Oh it tears me up
I try to hold on, but it hurts too much
I try to forgive, but it's not enough
to make it all okay

You can't play on broken strings
You can't feel anything that your heart don't want to feel
I can't tell you something that ain't real


Esta, agora, mora cá dentro. Porque não é possível dizer ao coração o que deve sentir ...

sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

Dance me


Há muros onde aparecem brechas súbitas. E a alma tem vontade de dançar ...



Hoje. Amanhã logo se verá.

quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

Joelhos e memórias


Antes que comecem a interrogar-se o que tem uma coisa a ver com outra, deixem-me contar do princípio.

Hoje dei um trambolhão – de manhã, à entrada ao serviço. Uma rampa de boa calçada portuguesa, suja e molhada de chuvisco, esperava sorrateiramente por mim. Já nos conhecemos há seis anos, eu e aquela rampa. Mas hoje a sacana apanhou-me de surpresa. “Quando andas de saltos altos tens cuidado ... pois então é hoje que te apanho!”. Apanhou-me mesmo, desprevenidíssima. Ainda fui a tempo de rodar o corpo ao cair para não bater com as costas. Resultado: joelho esquerdo completamente esfolado e se não fossem as calças teria sido pior.

Ao chegar ao gabinete fui lavar e desinfectar a ferida e dei comigo a pensar na última vez que me tinha visto naqueles assados ... apercebi-me que se passaram mais de vinte anos e que nesse tempo muita coisa mudou.

Naquela altura andava-se de bicicleta para todo o lado, trepava-se às arvores onde se fazia uma casita com tábuas velhas, desciam-se ladeiras em carrinhos de rolamentos, jogava-se ao berlinde com três covas no chão e conquistava-se um mundo desenhado na terra batida com um canivete ou uma cavilha de palmo. Caíamos, levantávamo-nos e qualquer das nossas mães tratava das esfoladelas como se fosse o próprio filho.

Os amigos eram mesmo amigos. Num dia andávamos à pêra e no seguinte lanchávamos em casa uns dos outros. As mães não se preocupavam porque andávamos sempre em grupo e qualquer estranho que aparecesse (o que era raro) era escrutinado de alto a baixo como se estivesse numa esquadra de polícia. Se não estivéssemos à vista era porque estávamos a jogar cartas, monopólio ou dominó em casa de um amigo.

Armavam-se tendas de índios com cobertores roubados dos armários dos pais e o dia de mudar os lençóis de cama eram pretexto para fazer tendas das mil e uma noites num canto do quarto, com édredons a fazer de puffs e canapés. As embalagens vazias de iogurte serviam de casinha para os Estrunfes, a Abelha Maia ou o Vickie.

Hoje a garotada tem mini-motas, playstations, o berlinde joga-se como se fosse o jogo da malha e o mundo conquista-se online no écran do computador. Não se trepa às árvores nem se joga ao mundo porque muitos bairros nem sequer um torrão de terra decente têm para brincar, quanto mais árvores suficientemente grandes para fazer uma casinha lá em cima.

Hoje os miúdos têm mais conhecidos do que amigos. Alguns moram no mesmo prédio, têm a mesma idade e nunca brincaram juntos. Passam horas encafuados em ATL ou AEC, ballet, natação ou inglês. Andam a reboque dos pais porque já ninguém deixa os filhos em casa da vizinha para ir fazer as compras do mês. E eles cobram-nos a seca que apanham - em géneros: uma boneca, um carrinho, um livro. Não brincam na rua porque é perigoso, seja pelos carros em excesso, seja pelos desconhecidos constantemente a passar.

Se faltar a electricidade, ficam sem saber o que fazer – sem playstation, computador ou TV, não sabem bem a que hão de brincar. As embalagens vazias são cuidadosamente separadas para reciclar – acho que é a única coisa que eles têm de mais positivo.


Quando crescerem, os meus filhos não vão ter as cicatrizes que eu tenho: nos dois joelhos, nos cotovelos, no sobrolho, na cabeça ...
Mas também não vão ter as minhas recordações ou o sorriso que tenho agora ao lembrar-me de como, apesar do pouco que tínhamos comparados com eles, era feliz.

terça-feira, 16 de dezembro de 2008

Memória

Ninguém me ouve.
Ninguém me responde.
Estou farto de emitir apelos em todas as direcções que constam do banco de dados.
Talvez os danos tenham sido piores do que pensei, não tenho leituras.
Edess está caído no chão, nada mais posso fazer por ele. Kipat geme sem cessar. Os gritos e uivos de dor tornaram-se num murmúrio. O sangue empapa o chão. Nem sequer tenho forma de a ajudar. Tentei aceder ao controle de suprimentos médicos em busca de um analgésico, um sedativo, qualquer coisa que a ajude e a mim. Não consegui.

Já não suporto o barulho, não consigo raciocinar. Sou a única esperança que têm e não consigo fazer nada a não ser emitir apelos constantes até que a pilha nuclear se acabe.
Levir não dá qualquer sinal. Estava no porão quando se deu o ataque. Não deve ter sobrevivido.
Espero que nos venham resgatar depressa. Quanto mais não seja, porque querem de volta o alienígena que está no porão, num compartimento crioestático. Os dados do tubo de estase chegam até mim mas não fazem qualquer sentido. Não sei se o alienígena que lá está dentro estará vivo ou não.

Porque raio optaram por fazer este transporte ? Dinheiro, sempre o dinheiro. O mesmo dinheiro que quase acabou comigo quando piratas espaciais atacaram a nave onde seguia, há 2 megaciclos atrás.
Edess e Levir sabiam do perigo, mas o dinheiro da Federação falou mais alto. Onde tinham eles a cabeça quando aceitaram transportar aquele ser de outra galáxia ? Os manda-chuvas da Federação pensaram em salvar os cabedais dos seus meninos da Frota, suspeitava-se que alguém viria em busca do alienígena. Calhou-nos a nós levar com o impacto de um canhão de beta-plasma no casco.

Kipat continua a gemer. O seu corpo está muito danificado. A única esperança para ela é salvarem-na a tempo de a converter numa UCCI. Para muitas naves que seguem as rotas comerciais, uma UCCI (Unidade Central de Controlo Interno) é o que as salva da morte certa. Uma UCCI é uma bio-AI. Um computador aliado ao cérebro de uma pessoa, às suas memórias e experiência. É-lhe dado um tratamento de supressão de emoções para que não tenha um esgotamento; ser uma UCCI é uma responsabilidade tremenda.
Algumas UCCI têm a memória de astronautas que atingiram a idade da reforma mas querem continuar ligados ao espaço a que devotaram as suas vidas. Outras, como a desta nave, têm uma UCCI com a memória biológica de um astronauta cujo corpo não pôde ser salvo.
É a única esperança de Kipat. Sei o suficiente de biologia centauriana para ver que ela não vai durar muito mais.
Continuo a emitir na direcção de todas as colónias da Federação e todas as rotas conhecidas. Alguém me há-de ouvir.
Kipat soergue-se a custo. Arrasta-se na direcção do posto principal e passa a mão tremente pela consola táctil.
- Dai ? Sei que vou morrer ... os socorros não chegarão a tempo. És o melhor amigo que alguma vez tive ... só é pena ter-te conhecido tão tarde, queria ter nascido dois megaciclos antes ... para ver como eras, quando eras humano. Gostaria de te poder abraçar ... – uma golfada de sangue sai-lhe pela boca e ela cai de novo no chão.

Choraria se ainda tivesse olhos. Não é fácil ser uma UCCI.


2004 / Inspirado pela short-story de Joan D. Vinge Tin Soldier

segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

And now for something completely different

Descia pela calçada, desatento. Nem reparava nas outras pessoas.
Ruminava numa teoria que lhe tinha surgido de madrugada. Coisa parva, acordar assim, a pensar em ... antigravidade. Mas parecia ser a solução para o problema que estava a tentar resolver no Instituto.
Bom, se não fosse, ao menos podia utilizá-la no texto de FC que andava a escrever para uma revista a ver se ganhava uns cobres.

Foi por isso apanhado de surpresa quando algo apareceu à sua frente.
Algo grande. Amarelo.
“Esta agora ... estes ladrões mascaram-se de tudo e mais alguma coisa para assaltar um gajo!”. O mais engraçado é que até era um fato muito bem feito. Parecia mesmo o ...
Uma arma surgiu, apontada ao seu abdómen.
- Não tenho dinheiro! Não sei quem és, mas não deves ser português, pá ! Senão, sabias que um investigador mal ganha para comer ...
Uma mão de quatro dedos, coberta de feltro amarelo arrancou-lhe a pasta, espalhando uns quantos papéis no passeio. Mais papéis voaram enquanto aquela criatura na sua frente parecia procurar algo. De repente, parou. Segurava os apontamentos da “tal” teoria.
- Isso não, pá ! Não te serve de nada, e para mim é importante ! Vais fazer-me repetir os cálculos todos se me estragas esse papel, porra !
A criatura olhou para ele, com um ar que se poderia imaginar pensativo. Mas com uma máscara (seria máscara ?) daquelas era impossível saber o que estava a passar pela cabeça do ladrão.
A arma, com um aspecto estranho, subiu na direcção do seu nariz.

Uma voz sintetizada, com um som estranho como se tentassem imitar um boneco de desenhos animados, soou:
- En-tão é me-lhor a-ca-bar con-ti-go. Não nos po-de-mos dar ao lu-xo de re-pe-ti-res es-tes cál-cu-los.
- Mas ... mas ... mandaram-te de algum instituto estrangeiro ? Epá, eu não me importo de partilhar os dados, mas não me estragues os apontamentos, caramba !
-Ca-la-te !!! Vo-cês não es-tão pre-pa-ra-dos pa-ra u-ti-li-zar is-to.

Uma dor estendeu-se repentinamente por todo o seu corpo. De costas no chão, viu a criatura amarela afastar-se.
Num qualquer telejornal das 20h00 o jornalista anunciou:
“Investigador do LNEC encontrado morto numa rua de Lisboa. Testemunhas dizem que foi atacado por ...

Winnie The Pooh images

... Winnie the Pooh.”

2004

sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

What about ...




Ignorem a dança esquisita e o look anos 80. É mesmo a Aimée Mann.

so put out all the fires
and blow away the smoke
I'm getting pretty tired
of living on hope
so what about love, baby
what about making room for two
what about love, baby
what about you?
(...)
what about me?

quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

Bolos

Em conversa com a minha soulsister, cheguei a uma conclusão. O blogging tem tudo a ver com pastelaria.

Vejamos: os posts ou comentários são como bolos.
Podem ter uma cobertura enganadoramente doce - como um bolo;
Podem ser escritos e lidos em várias camadas - como um bolo;
Podem ter imenso recheio - como um bolo;
Podem ter pouca substância - como um bolo;
Podem vir regados com montes de sumo - como um bolo;
Podem ser saborosos - como um bolo.

Portanto, adoptando uma dinâmica mental à moda de La Palisse, um dia vou ter que deixar o blogging ... porque se os bolos engordam fazem engordar, então ...........

Calculava

... que me ia sair qualquer coisa como isto.
Passei pelo cantinho da Sayuri e achei piada ao quiz (acho piada a vários quizzes só que nem sempre me dou ao trabalho de passar o resultado para aqui).
Ó no que deu:




You Are Artemis!



Brave, and a natural born leader.
You're willing to fight for what you believe in...
And willing to make tough decisions.
Don't forget - the people around you have ideas too!



Traduzindo ...
Brava e a descair para mandona.
Desato a discutir quando acho que tenho razão.
Decido e pronto.
Às vezes esqueço-me de que os outros também têm ideias.

Não anda muito longe da verdade, não ... viro grizzly quando estou piursa e gosto mais das minhas ideiazinhas do que das dos outros.
Ora, batatas. Quem não gostar que ponha na beira do prato.

quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

Ser "bonzinho" compensa ?

Ser "bonzinho" compensa ? Neste momento e neste estado de espírito, digo logo de caras: NÃO.

Andava eu com um astral óptimo, a cantarolar no carro a caminho do trabalho.
Pista importante: a canção chama-se "Bad Day", dos Fuel. A pensar que se o tempo andasse bom durante esta semana ia voltar à Guia.

Ao chegar perto da escola secundária, duas garotas paradas no princípio da passadeira.
Armei-me em "boazinha", Miss Goody Two-Shoes. Parei para as miúdas passarem porque calculei que queriam ir para a paragem do autocarro ou algo semelhante. E a pensar que se fosse a minha filha a caminho da escola também gostaria que outro condutor parasse para ela passar.
Elas agradecem, eu sorrio. Olho para o retrovisor.
"Aquele Honda vem muito depressa ... olha que po.... não me digas que não vai parar ! F...... !!!"

Não parou - pelo menos a tempo.

O carrito ficou com ar tristonho, como a caricatura de um bebé chorão. Não é para menos: em menos de um ano e meio é a terceira pantufada que este carro leva. Completamente parado. Aquele pára-choques nem seis meses tinha ...
A companhia de seguros demorou um bocadinho mais do que o habitual para abrir o processo de sinistro (devem andar cheiiiiiinhos de trabalho). E autorizar a peritagem. E vamos ver que carro me vão dar para circular enquanto este estiver parado.

Planos para ir passear à Guia ? Ao Guincho ? A vida é o que nos acontece enquanto andamos a fazer outros planos.
E naquele estado não tenho vontade nenhuma de andar a passear com o pobre "bolinhas". Bolas, nem às compras posso ir porque não dá para abrir o porta-bagagem! (Ou melhor, não experimentei porque se calhar depois não o consigo fechar).

Moral da história: se eu não fosse "boazinha" as miúdas talvez tivessem perdido o autocarro. E o meu bolinhas estava inteiro. E eu podia fazer planos. Agora assim ... nem antes do Natal.

domingo, 7 de dezembro de 2008

Voar


Não é fácil quando as asas se quebram.



Não há leis para te prender
aconteça o que acontecer

Pensar demais


Às vezes basta sentir.



Let go your heart
Let go your head
and feel it now

quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

Reflexões

Pode-se estar só no meio de um ror de gente, mesmo que conheçamos todas e cada uma das caras que nos rodeiam e todos parem para nos cumprimentar.

É impossível manter a sanidade sem amigos - estes são quem nos mantém à tona quando nos cansamos de nadar contra algumas ondas mais fortes que a vida nos atira.
Por vezes, a volta da maré presenteia-nos com exemplares raros a quem podemos dar o nome de Amigos com maiúscula; são pessoas que talvez estejamos longo tempo sem ver face a face (em alguns casos, nunca) mas que mesmo assim sabemos que estarão "lá", que nos estenderão a mão sem hesitar e a quem não teremos pejo de fazer o mesmo.

São essas pessoas que nos fazem perder o(s) medo(s), que nos animam a gozar cada minuto da vida, a arriscar a perder o pé. Porque estão lá, connosco - mesmo que fisicamente estejam longe, estão por vezes mais perto de nós do que a multidão que nos rodeia. Com eles vale a pena parar para pensar ou pelo contrário partir à descoberta de visões mágicas, sejam golfinhos ou ursos polares adormecidos sobre arco-íris duplos - como portões de passagem para qualquer outro lugar.



Sem medo de perder o pé.