... é do que fala esta canção, que (confesso!) adoro.
Quero lá saber se é lamechice, se é demasiado 80's, assim ou assado, gosto e pronto! É mais uma daquelas que muitas mulheres, a começar por mim, adorariam ter quem lha dedicasse, sei lá porquê (tanga, sei e muito bem!)
Oh, já sei que desejar não adianta nada - mas posso sonhar, não posso ???
O sítio onde os meus pensamentos se transformam em palavras ... e onde os colo conforme me dá na telha
segunda-feira, 20 de outubro de 2008
sexta-feira, 17 de outubro de 2008
De outro Mundo
Bem me parecia que eu não era bem deste planeta; sempre deslocada, ganga e ténis quando as outras usavam saltos e mini-saias, óculos à Janis Joplin quando os outros usam RayBan, Ficção Científica quando toda a gente suspira com Nicholas Sparks ...
Graças a este site, descobri de onde vim, afinal.
Graças a este site, descobri de onde vim, afinal.
You Are From Pluto |
You are a dark, mysterious soul, full of magic and the secrets of the universe. You can get the scoop on anything, but you keep your own secrets locked in your heart. You love change and you use it to your advantage, whether by choice or chance. You don't like to compromise, to the point of being self-destructive with your pigheadedness. Live life with love, and your deep powers will open the world to you. |
terça-feira, 14 de outubro de 2008
Vermelho
Inserido na sequência "Contos de Todas as Cores". Provavelmente irei um dia destes criar mais um blog só para estes textozitos ...
Vermelho
Nas dunas do Wadi Tumilat vivia um velho pescador. A artrite tolhera-lhe os dedos e as cataratas diminuíam a sua visão a cada novo dia.
A sua filha Bashirah enviara-lhe recados pedindo que fosse viver com a sua família. Sabendo que o velho Harith não quereria ser um fardo, Bashirah alegara que necessitava da sua companhia e sabedoria para educar os netos, Karif e Murad. Harith sempre ignorara as mensagens até agora. O frio intenso e as chuvas frequentes tornavam difícil a vida na cabana das dunas. A doença impedira-o de prover ao seu sustento nos barcos de pesca. Mazin, um dos mestres, ainda lhe dava peixe a troco de remendos nas redes mas já nem isso Harith conseguia fazer sem dores terríveis.
Decidiu por fim que era tempo de fazer a vontade à filha. Em espírito, despediu-se de Nisrin, a falecida esposa a quem chamara tantas vezes a sua Faridah (jóia), tão bela fora. Lamentara a sua perda mas naquele momento estava feliz por ela ter partido primeiro. Não queria que Nisrin o tivesse visto assim, velho e enfraquecido ... contendo as dores e a fome que nunca desaparecia completamente, Harith adormeceu.
Acordou de madrugada com uma voz sussurante ao ouvido: - Levanta-te, é tempo de partir.
- Nisrin ? – perguntou.
Não obteve resposta, apenas o rumor do vento. Não ... aquilo não era apenas vento. Parecia uma grande caravana. Quem passaria no Wadi naquela altura do ano ?
Afastou os juncos da entrada e viu uma fila imensa de gente com ar cansado. Tinham ar de estrangeiros e de quem caminhava há muito tempo, com as vestes cobertas de pó. Traziam poucos pertences, como se a partida tivesse sido apressada.
Ou em fuga. Agora que conseguia ver um ou dois rostos, via que ninguém olhava para trás.
“Quem serão ?” pensou. “Vai com eles” ouviu num sussurro. Desta vez teve a certeza de que se tratava de Nisrin, encorajando-o.
Pegou no cajado de que agora necessitava para caminhar, colocou alguns bocados de peixe seco numa sacola e esperou na porta. Para o fim da caravana, as pessoas estavam dispersas, quase todas tão idosas como ele. Não iriam dar conta de mais um caminhante.
Não ficou a pensar para onde se dirigiriam. Morrer acompanhado numa caminhada era melhor do que morrer sozinho numa cabana de juncos. Apercebeu-se de que havia gente atrás deles. “Não pares senão os soldados egípcios apanham-nos” ouviu uma mãe explicar a uma criança que se queixava de cansaço. “Soldados?” pensou Harith. “Mas então serão criminosos em fuga ? Não ... não pode ser ... há crianças e animais também, deve ser um erro! Porque estarão a ser perseguidos ?”
A certa altura a caravana deteve-se. Harith via tudo bastante enevoado, mas pareceu-lhe que tinham chegado ao Yam Suph – o Mar Vermelho não ficava longe. Já ali não ia há muito tempo, o que era natural uma vez que pouco conseguira pescar no meio de tanto junco e com marés tão extremas. “Provavelmente vamos esconder-nos” pensou. “Em vez de morrer na cabana vou morrer num pântano de juncos ... mais valera não ter vindo”. Apercebeu-se, no entanto, que as pessoas aguardavam algo. Nas margens do Yam Suph um homem falava com autoridade aos caminhantes, avisando-os de que teriam que atravessar o mais rapidamente possível logo que ele desse o sinal.
Subitamente, um vento forte levantou-se. O homem apontou o bordão às águas e, lentamente, elas começaram a descer. “Vamos, todos!” gritou.
Com ar aflito, os caminhantes apressaram-se a pisar no fundo descoberto do lago. “Apressem-se! Eles vêm aí!” exortavam-nos os homens mais jovens, ajudando as crianças e os idosos.
Harith olhou para trás mas devido às cataratas pouco via. Pareceu-lhe haver uma nebulosidade sobre a terra, barulho de cavalos ao longe. Mas o balir dos rebanhos que atravessavam com eles não o deixavam ouvir nitidamente o que lá vinha. Tentou apressar-se o mais que pôde.
Após horas de esforço intenso, os seus pés pisaram as areias secas da outra margem. Ajoelhou-se no chão, tocando a terra poeirenta com a testa mas depressa se endireitou. Num clamor, as águas do Yam Suph voltavam ao leito arrastando os soldados que os perseguiam. À sua volta, velhos e crianças gritavam de alegria sentados no chão. Vários tinham desmaiado devido ao cansaço.
Tinham atravessado!
Nas dunas do Wadi Tumilat vivia um velho pescador. A artrite tolhera-lhe os dedos e as cataratas diminuíam a sua visão a cada novo dia.
A sua filha Bashirah enviara-lhe recados pedindo que fosse viver com a sua família. Sabendo que o velho Harith não quereria ser um fardo, Bashirah alegara que necessitava da sua companhia e sabedoria para educar os netos, Karif e Murad. Harith sempre ignorara as mensagens até agora. O frio intenso e as chuvas frequentes tornavam difícil a vida na cabana das dunas. A doença impedira-o de prover ao seu sustento nos barcos de pesca. Mazin, um dos mestres, ainda lhe dava peixe a troco de remendos nas redes mas já nem isso Harith conseguia fazer sem dores terríveis.
Decidiu por fim que era tempo de fazer a vontade à filha. Em espírito, despediu-se de Nisrin, a falecida esposa a quem chamara tantas vezes a sua Faridah (jóia), tão bela fora. Lamentara a sua perda mas naquele momento estava feliz por ela ter partido primeiro. Não queria que Nisrin o tivesse visto assim, velho e enfraquecido ... contendo as dores e a fome que nunca desaparecia completamente, Harith adormeceu.
Acordou de madrugada com uma voz sussurante ao ouvido: - Levanta-te, é tempo de partir.
- Nisrin ? – perguntou.
Não obteve resposta, apenas o rumor do vento. Não ... aquilo não era apenas vento. Parecia uma grande caravana. Quem passaria no Wadi naquela altura do ano ?
Afastou os juncos da entrada e viu uma fila imensa de gente com ar cansado. Tinham ar de estrangeiros e de quem caminhava há muito tempo, com as vestes cobertas de pó. Traziam poucos pertences, como se a partida tivesse sido apressada.
Ou em fuga. Agora que conseguia ver um ou dois rostos, via que ninguém olhava para trás.
“Quem serão ?” pensou. “Vai com eles” ouviu num sussurro. Desta vez teve a certeza de que se tratava de Nisrin, encorajando-o.
Pegou no cajado de que agora necessitava para caminhar, colocou alguns bocados de peixe seco numa sacola e esperou na porta. Para o fim da caravana, as pessoas estavam dispersas, quase todas tão idosas como ele. Não iriam dar conta de mais um caminhante.
Não ficou a pensar para onde se dirigiriam. Morrer acompanhado numa caminhada era melhor do que morrer sozinho numa cabana de juncos. Apercebeu-se de que havia gente atrás deles. “Não pares senão os soldados egípcios apanham-nos” ouviu uma mãe explicar a uma criança que se queixava de cansaço. “Soldados?” pensou Harith. “Mas então serão criminosos em fuga ? Não ... não pode ser ... há crianças e animais também, deve ser um erro! Porque estarão a ser perseguidos ?”
A certa altura a caravana deteve-se. Harith via tudo bastante enevoado, mas pareceu-lhe que tinham chegado ao Yam Suph – o Mar Vermelho não ficava longe. Já ali não ia há muito tempo, o que era natural uma vez que pouco conseguira pescar no meio de tanto junco e com marés tão extremas. “Provavelmente vamos esconder-nos” pensou. “Em vez de morrer na cabana vou morrer num pântano de juncos ... mais valera não ter vindo”. Apercebeu-se, no entanto, que as pessoas aguardavam algo. Nas margens do Yam Suph um homem falava com autoridade aos caminhantes, avisando-os de que teriam que atravessar o mais rapidamente possível logo que ele desse o sinal.
Subitamente, um vento forte levantou-se. O homem apontou o bordão às águas e, lentamente, elas começaram a descer. “Vamos, todos!” gritou.
Com ar aflito, os caminhantes apressaram-se a pisar no fundo descoberto do lago. “Apressem-se! Eles vêm aí!” exortavam-nos os homens mais jovens, ajudando as crianças e os idosos.
Harith olhou para trás mas devido às cataratas pouco via. Pareceu-lhe haver uma nebulosidade sobre a terra, barulho de cavalos ao longe. Mas o balir dos rebanhos que atravessavam com eles não o deixavam ouvir nitidamente o que lá vinha. Tentou apressar-se o mais que pôde.
Após horas de esforço intenso, os seus pés pisaram as areias secas da outra margem. Ajoelhou-se no chão, tocando a terra poeirenta com a testa mas depressa se endireitou. Num clamor, as águas do Yam Suph voltavam ao leito arrastando os soldados que os perseguiam. À sua volta, velhos e crianças gritavam de alegria sentados no chão. Vários tinham desmaiado devido ao cansaço.
Tinham atravessado!
segunda-feira, 13 de outubro de 2008
1950's Pin-Up Girls
Ok, sabem aqueles Quizzes engraçados que pululam na Web ?
Num blog que leio de vez em quando encontrei este e toca de experimentar...
"Which 1950's Pin-Up Girls are you?"
O resultado foi ...
(Nesta página: http://quizfarm.com)
Confesso que não conhecia esta senhora ... mas fui cuscar e não desgostei ;o)
Num blog que leio de vez em quando encontrei este e toca de experimentar...
"Which 1950's Pin-Up Girls are you?"
O resultado foi ...
|
(Nesta página: http://quizfarm.com)
Confesso que não conhecia esta senhora ... mas fui cuscar e não desgostei ;o)
domingo, 12 de outubro de 2008
Arco-Íris
Uma selecção dos meus textos publicados aqui e noutras páginas foi transcrita para um novo local.
Servirá para compilar e escolher os que poderão ou não ser enviados para uma editora a fim de serem avaliados para possível publicação.
Ao contrário desta página, onde continuarei a falar do que me vai na alma, sejam músicas, filmes ou comentários sobre algo que li nas notícias, o outro cantinho é composto por textos estritamente de minha autoria.
Para quem tiver curiosidade:
Arco-Íris
Desde já agradeço os comentários que quiserem dispensar.
Servirá para compilar e escolher os que poderão ou não ser enviados para uma editora a fim de serem avaliados para possível publicação.
Ao contrário desta página, onde continuarei a falar do que me vai na alma, sejam músicas, filmes ou comentários sobre algo que li nas notícias, o outro cantinho é composto por textos estritamente de minha autoria.
Para quem tiver curiosidade:
Arco-Íris
Desde já agradeço os comentários que quiserem dispensar.
segunda-feira, 6 de outubro de 2008
De todas as cores
As conversas com a M e o livro que ela me emprestou ("Azul", de Carlos Canto Moniz) despoletaram uma torrente de ideias que tenho vindo a anotar.
Não sei porquê - as cores tornaram-se dominantes. Tenho notas para alguns contos, algo vermelho sobre um pescador, algo verde sobre uma floresta (o primeiro ensaio está já noutro lado, vou apenas transcrevê-lo para aqui), algo rosa sobre uma adolescente ... conforme as ideias vão surgindo (algumas em catadupa) tenho-as anotado. Pode ser que um dia saia disto um livrinho de contos; eu bem gostava.
...
Verde/Azul
Quando a floresta encontrou o mar, os cavalos subitamente começaram a galopar no seu âmago e o rio vermelho correu mais forte ... a floresta como que brilhou no reflexo das águas calmas até que a noite desceu sobre eles e a fímbria da maré cheia tocou as raízes das árvores. Uma pedra na praia fez salpicar a doce água salgada de encontro ao verde/castanho das copas fazendo as gotas assemelhar-se a lágrimas caindo de mil pestanas obscurecidas.
A maré baixou e o mar afastou-se ... mas as lágrimas permaneceram nas folhas como se a floresta chorasse a distância entre os dois.
Não sei porquê - as cores tornaram-se dominantes. Tenho notas para alguns contos, algo vermelho sobre um pescador, algo verde sobre uma floresta (o primeiro ensaio está já noutro lado, vou apenas transcrevê-lo para aqui), algo rosa sobre uma adolescente ... conforme as ideias vão surgindo (algumas em catadupa) tenho-as anotado. Pode ser que um dia saia disto um livrinho de contos; eu bem gostava.
...
Verde/Azul
Quando a floresta encontrou o mar, os cavalos subitamente começaram a galopar no seu âmago e o rio vermelho correu mais forte ... a floresta como que brilhou no reflexo das águas calmas até que a noite desceu sobre eles e a fímbria da maré cheia tocou as raízes das árvores. Uma pedra na praia fez salpicar a doce água salgada de encontro ao verde/castanho das copas fazendo as gotas assemelhar-se a lágrimas caindo de mil pestanas obscurecidas.
A maré baixou e o mar afastou-se ... mas as lágrimas permaneceram nas folhas como se a floresta chorasse a distância entre os dois.
quinta-feira, 2 de outubro de 2008
Aibalhamedeus
Não bastava o sorrisinho e o ar sonhador, agora chegou ao ponto da lamechice ... tentei dar um jeito no texto (está repetitivo, pá!) mas era assim que ela o queria; vá lá que me deixou trocar algumas coisitas a bem de uma tentativa de métrica. Mas com limitações.
Deu nisto:
"Abro os olhos, não te vejo
para mim ainda é noite
pois noite será sempre
até que te volte a ver
Abro os olhos, não te vejo
para mim está nevoeiro
pois enevoado estará
até que te volte a ver
Fecho os olhos e murmuro
o teu nome novamente
sabendo que não ouvirás
Limpo as lágrimas, suspiro
volto a deitar-me no leito
sabendo que lá não estarás"
É oficial. A M passou-se.
Deu nisto:
"Abro os olhos, não te vejo
para mim ainda é noite
pois noite será sempre
até que te volte a ver
Abro os olhos, não te vejo
para mim está nevoeiro
pois enevoado estará
até que te volte a ver
Fecho os olhos e murmuro
o teu nome novamente
sabendo que não ouvirás
Limpo as lágrimas, suspiro
volto a deitar-me no leito
sabendo que lá não estarás"
É oficial. A M passou-se.
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