segunda-feira, 30 de abril de 2012

Oh ffs!!!

Quando achamos que já suportámos o que podíamos suportar e que finalmente há uma luz ao fundo, a silver lining in the cloud, a vida encarrega-se de nos pregar mais uma rasteira.
E a seguir atira-nos um balde de água fria em cima.

Aquela velha história de que quando se fecha uma porta se abre uma janela? Ninguém nos avisa do comprimento do corredor até lá! E é escuro p'ra caramba :(

Oh ffs!!!

sábado, 28 de abril de 2012

From the edge

... of the deep green sea


i wish i could just stop
i know another moment will break my heart
too many tears
too many times
too many years i've cried for you
it's always the same
wake up in the rain
head in pain
hung in shame
a different name
same old game
love in vain
and miles and miles and miles and miles and miles
away from home again...

sexta-feira, 27 de abril de 2012

Zero

A simple tale.
How long can one stand against prejudice and disdain?
How strong must one be to endure being different?
How big must a heart be to hold enough hope and survive when everyone else is against you?
Would you be this strong?


Take a good look at yourself: we're all zeros in one way or another.
Can love really make a difference?


I hope so.
Love FTW :)

quarta-feira, 25 de abril de 2012

Breve instante

Um instante.
Breve - por isso há coisas que são instantâneas.
Doce - por isso há coisas que queremos que durem para sempre.
Azul - um intervalo no cinzento dos dias.

Um sonho no silêncio para além do olhar.

Alguns sonhos calam-se... adormecem... desfalecem.
Alguns sonhos morrem na espuma da alvorada...
Uma palavra e desvanecem-se no infinito.

Mar - azul de sonhos liquefeitos. Breves.
O intervalo acaba. O instante não volta mais.

A realidade continua dentro de momentos.

terça-feira, 24 de abril de 2012

segunda-feira, 23 de abril de 2012

A golden memory

Ou como uma canção da Alanis

You've been my golden best friend
Now with post-demise at hand
Can't go to you for consolation
Cause we're off limits during this transition


me recordou outra, que em tempos teve muito significado.



Memories exist to be remembered. They cannot be relived.
I want to create new golden memories to treasure in the future.
Can we?

e sonhar

No post anterior falei sobre a importância/necessidade de analisarmos os nossos desejos/sonhos, o que nos motiva, o que nos leva a continuar. Para nosso próprio equilíbrio, é conveniente analisar e distinguir aqueles que valem a pena tentar alcançar dos que são apenas miragens em que perdemos tempo e com que nos arriscamos a sair magoados.

Acontece que não somos perfeitos. Ninguém é.
Guardamos sempre num lugar recôndito do coração um sonho que nos é mais querido do que todos os outros, por muito impossível que possa ser. Uma carreira de que se desistiu, um projecto que nunca se iniciou, um amor que se perdeu.



São estes que nos lembram a incontornável questão de sermos humanos.
Falíveis, anónimos ou gloriosos - sempre com sentimentos.
São estes os mais preciosos, os que nos doem mas ao mesmo tempo nos fazem ter noção de estarmos vivos - e nos afastam da mente a certeza de que um dia "todos esses momentos se perderão no tempo... como lágrimas à chuva".

Sonhar

Vejo ao meu redor uma "onda positiva" de gente que tenta incentivar os outros a encontrar-se, a encontrar o seu lugar no mundo, a alinhar-se com a energia do Universo e a dar o seu melhor. É lógico, e bem o sabemos, que entre os que acreditam que estão a fazer isso para o bem do próprio ser - e, por extensão, à humanidade como um todo - há os que têm como primeiro objectivo ganhar dinheiro. É uma troca: enchem-nos de esperança enquanto lhes enchemos os bolsos.
Mas não falemos disso agora.

Uns e outros dizem-nos que não devemos renegar o nosso potencial, que é um dever perante nós próprios maximizar aquilo que somos capazes de fazer. Realizar-nos e com isso tornarmo-nos (mais) felizes, espalhar essa felicidade em redor criando uma onda que se alastra como a ondulação causada pela queda de uma pedrinha na água.

É-nos dito que não devemos desistir de perseguir os nossos sonhos. Mas poucos nos relembram que devemos analisar esses mesmos sonhos e ver se se trata de algo que sejamos capazes de obter pelos nossos próprios esforços. Ter sonhos, desejos, ambições, não exclui ser realista.
Um exemplo? Posso sonhar tudo o que quiser mas nunca serei uma top model. E quando digo isto não me respondam "com força de vontade consegues dominar o teu corpo e perder esse peso a mais, ó badocha"; a força de vontade e a atitude positiva nunca me farão crescer 10 cm... nem a mim nem a ninguém. (E não, nunca sonhei ser top model!)

Temos que parar para pensar naquilo que desejamos, que sonhamos conseguir/ter. Há coisas que pura e simplesmente não são para nós, por um ou outro motivo. Analisá-las racionalmente, reconhecê-las e afastá-las não é desistir: é abrir espaço para sonhos e desejos que sejamos realmente capazes de alcançar.



Um guerreiro experiente não desperdiça as suas energias em qualquer escaramuçazita.
Um bom guerreiro guarda as suas forças para algo pelo qual valha realmente a pena lutar. Difícil é, por vezes, descobrir qual é esse algo.
Pensem nisso ;)

quinta-feira, 19 de abril de 2012

Máscara

Ser forte é lixado.
Não estou a falar de fisicamente forte - normalmente isso dá imenso jeito, a menos que essa força implique que se tenha dedos como pequenos troncos, o que dificulta imenso quando se tem que apanhar algo que caiu num espaço estreitinho.

Estou a falar da força psicológica, de ânimo, de alma, de espírito, o que lhe quiserem chamar. Aquilo que faz com que não desistamos à primeira contrariedade nem à segunda. Aquilo que nos dá energia para levantar depois de uma noite mal dormida. Aquilo que nos impele para a frente quando a vontade é ficar sentado com a cabeça entre as mãos.

Sim, ser forte é lixado. Toda a gente se habitua a pensar que a nossa força é inquestionável, incontornável, que nada nos deita abaixo.
Acredito que talvez existam pessoas assim, sem momentos de fraqueza.

Mas não me parece que seja isso que se passa com a maioria das pessoas ditas "fortes". Temos momento menos bons e por vezes duvidamos de que sejamos capazes de chegar onde queremos ou conseguir o que temos que fazer.
Às vezes temos trezentas coisas a correr mal na nossa vida ao mesmo tempo mas não queremos dar parte de fracos. Porque há quem conte com a nossa força para se amparar, para acreditar que também será capaz de dar a volta, de continuar em frente - mais um passo, mais uma tarefa, mais um dia. Porque temos que dar o exemplo aos filhos de que não se deve desistir quando algo correu mal da primeira vez - mesmo que não seja a primeira mas a enésima; mas eles não precisam de saber dessa parte. Só precisam de saber, pelo exemplo, que devemos continuar a tentar.

Ser forte é lixado.
Porque quando estamos em baixo às vezes estamos mesmo em baixo - e de tão habituados que estão a ver-nos respirar fundo, endireitar as costas e continuar, os outros não se apercebem de que naquele momento só nos apetece enrolar numa bola e fingir que o mundo e todos os seus problemas entraram em animação suspensa até reencontrarmos a força para os enfrentar.

Ser forte é lixado.
Colocamos uma máscara que não deixe ver o quão fracos, de facto, por vezes nos sentimos e atribuímos o desânimo ao cansaço físico para que os outros sintam que também serão capazes de ser fortes e continuar apesar das contrariedades. Mesmo que por trás dessa máscara sintamos que estamos a morrer por dentro - porque é contra a nossa natureza atirarmo-nos para o chão a gritar e choramingar que já não somos capazes de prosseguir.

Ser forte é lixado e chega a ser solitário.
Porque todos se habituam a que sejamos nós a estender a mão a quem está em baixo dizendo "Não desistas, vais conseguir!"; mas quando somos nós a chegar a um ponto em que não sabemos como ou por onde continuar, ninguém pensa que naquele momento somos nós que precisamos de apoio - à excepção de quem nos conheça tão bem, tão bem, tão bem que vislumbre as lágrimas atrás do sorriso, a fraqueza por baixo da máscara da força - e nos dê um abraço em silêncio. Um simples abraço.

Por vezes isso faz toda a diferença.

Só amizade

Tenho escrito muito sobre a amizade e o seu valor.
Um assunto que não abordei foi o da amizade entre pessoas do sexo oposto. Para mim amigos são amigos, quase como se fossem assexuados. É certo que os assuntos de conversa podem ser diferentes (não vou perguntar ao R. onde é que compro umas sabrinas giras nem peço à M. uma opinião sobre um filme de um género que sei que ela não aprecia) mas, sendo amigos, dá para falar de quase tudo com uns e outros.

Hoje, ao ler mais um tópico no blog do Fernando Alvim percebi que, pessoalmente, não tenho que me preocupar com esse assunto. É que, segundo ele, os homens têm uma visão muito particular sobre a a amizade com uma mulher: "se uma mulher for bonita, bem feita e com uma personalidade admirável, a amizade não é a primeira coisa que nos passa pela cabeça."
Não será uma verdade indiscutível, até porque nos blogs escrevemos o que nos dá na real gana e mai' nada. Mas se até fosse, eu e outras mulheres que não encaixam naqueles adjectivos poderíamos estar descansadas: os nossos amigos (masculinos) só querem mesmo a nossa amizade.
E quando é isso que nos interessa, não há confusões.

quarta-feira, 18 de abril de 2012

Por vezes

... sem se dar por isso
... sem sequer se saber porquê



All that we needed tonight
Are people who love us and like
I know how it feels to need
Oh when we leave here, you'll see

Open to everything happy and sad
Seeing the good when it's all going bad
Seeing the sun when I can't really see
Hoping the sun will at least look at me

Focus on everything better today
All that I needed I never could say
Hold on to people, they're slipping away
Hold on to this while it's slipping away

segunda-feira, 16 de abril de 2012

Gatices

Sou uma cat person.
Também gosto de cães (mais de umas raças do que outras) mas sou mesmo, mesmo uma pessoa que gosta de gatos.

Gosto de gatos bebés

de gatos mais ou menos "farfalhudos"

e gatos... simplesmente gatos


Gosto do facto de serem independentes - alimentam-se sozinhos sem fazer grande bagunça e não precisam de ser passeados - mas mesmo assim gostarem de colinho, de se aninhar, de dar marradinhas, de dormirem enroscados junto de nós.
Gostam de ter o "seu tempo"... e de partilhar o nosso. Sabe bem chegar a casa e encontrar um gato feliz por nos ver, sem no entanto nos atabafar (embora possa fazer-nos cair por se roçar tanto nas nossas pernas que se ensarilha nelas). Não andam constantemente "agrafados" aos donos mas à hora de deitar lá estão eles.

Um gato é fiel - à sua maneira especial. Tem espaço e dá-nos espaço. Recebe e devolve carinho.
Sim, gosto muito de gatos - mesmo às riscas ;)

domingo, 15 de abril de 2012

Here



And I feel your warmth
And it feels like home
And I feel your warmth
And it feels like home

Here is the house
Where it all happens
Those tender moments
Under this roof
Body and soul come together
As we come closer together
And as it happens
It happens here in this house

sábado, 14 de abril de 2012

Um dia é da zebra e outro...

As zebras não são apenas "cavalos em pijama". O padrão que as torna tão distintas é o mesmo que lhes dá algum grau de protecção contra predadores fortes, esfomeados e como tal implacáveis.

Quando correm para fugir a um predador, as zebras não optam por uma corrida em linha recta, o que, por uma lógica linear, pareceria fazer mais sentido porque lhes permitiria ganhar mais distância. Mas isto não resultaria com uma chita: enquanto a zebra pode atingir 65 km/hora em corrida, a chita ultrapassa facilmente os 100 km/hora.

As zebras correm em ziguezague à frente do predador, confundindo-o: as listas fazem parecer que a zebra vai numa direcção e ela inflecte para a outra. Isto faz com que o predador perca algum tempo a corrigir a direcção, permitindo à zebra ganhar um pouco de distância e até defender-se com um forte coice.
(imagem copiada daqui)


Só que nem sempre isto funciona, e é exactamente isso que providencia o equilíbrio na natureza. Se os predadores apanhassem todas as zebras, elas extinguir-se-iam; se elas conseguissem sempre escapar, poderia haver uma superpopulação que sobrecarregasse fortemente os recursos alimentares, afectando inclusive outras espécies que partilhassem a mesma dieta.

"Um dia é da caça, outro do caçador" (ou, um dia é da zebra e outro da leoa)

Viva o equilíbrio :)

quinta-feira, 12 de abril de 2012

A tempo

Por vezes, o que se interpõe entre a nossa cabeça e uma parede é uma mão cheia de palavras certeiras.
Mesmo que pareçam ter vindo de um advogado do diabo.

Tudo conta: o efeito e a intenção.
Neste caso, ambos muito bons.


O dia foi terrível mas consigo sorrir novamente.

Reposição de bola em campo.
Preparo a raquete...

Game: ON.

quarta-feira, 11 de abril de 2012

[Intervalo]

Momentos azuis recortados no cinzento dos dias.
Vivê-los com a alegria, a ânsia, a inocência das crianças.


(original aqui)


Reencontrar ecos atrás do olhar e permitirmo-nos por instantes ser Peter Pan.
Com um sorriso (e um) doce.

Tão bom :)

A foreseen goodbye

terça-feira, 10 de abril de 2012

Roads, paths and the likes

Funny how playing with words around Ragnarök Avenue leads to finding out these could be the access keys to a certain place I want to go back to (and not to leave this time).



There are others, of course. The best are those that come from near the place where Love is all there is. But that's a whole other story ;)

So true: GMTA (and sometimes GMTIPG...)

Heartstrings

Falling in love only lasts as long as a piece of string.



Strings get broken.
And yet, sometimes they can be mended - for "where there's a will there's a way"...

yes, here
( here is the root of the root and the bud of the bud
and the sky of a sky of a tree called life;
which grows higher than the soul can hope or mind can hide)

and this is the wonder that's keeping the stars apart


[from e.e.cummings' "i carry your heart with me"]

segunda-feira, 9 de abril de 2012

Aproveitar

(original aqui)


A vida não é madrasta, é mãe - embora possa não ser das mais atentas...
Dá-nos oportunidades que muitas vezes, por uma ou outra razão, descartamos. O que nem sempre nos dá é uma segunda oportunidade para algo que não aproveitámos antes. E se, numa situação dessas, somos suficientemente tolos para a desperdiçar novamente, não vale a pena marrar a cabeça na parede e dizer que a vida é injusta, que os outros têm a sorte toda, yadda yadda yadda, etc e tal.

É muito raro existirem terceiras oportunidades. Pena é que algumas pessoas pensem que elas caem do céu, e que sempre haverá uma chance de corrigir um erro ou uma má escolha.

Se não aproveitarmos as nossas oportunidades enquanto podemos... às vezes é simplesmente tarde demais.
Carpe Diem.

sábado, 7 de abril de 2012

Adagio

Esculpe-me nos teus sentidos
inteira
Procura-me onde o horizonte
se encontra
Céu e mar
voo e mergulho
tocata e fuga e reencontro
e nós, além.
Eis a minha mão.
Vem, e por um momento
escapemos à gravidade
e às outras leis...
e dancemos no infinito
dos sonhos liquefeitos
em tons de azul.

Avançar


(original aqui)


Momentos bem passados.
Partilha de risos, sorrisos, amizade, carinho.
Vontade de mais.


(origem desconhecida)


Capítulos que chegam ao fim.
E um sorriso nos lábios ao perceber que o(s) próximo(s) talvez seja(m) muito melhor(es).

quinta-feira, 5 de abril de 2012

On words

I'm talkative. I like to communicate. That's how we establish bonds with others, not just exchange information, jokes, share secrets or gossip of some sort.

The thing is, communication can also be excessive.
If someone like me tries not to step on someone else's toes or go too far when in a delicate moment - trying to hold back, stepping away from their usual pattern - eventually gets the feeling they didn't say what they wanted to say or ask what they wanted to ask.
So, things can get messy then - because one can overcompensate. When trying to say what we really wanted to say in the first place (or ask what we really wanted to ask), we can go further than we originally wanted, risking to alienate people we wanted to connect or tighten our bonds with.

It can be even worse if we apologize too much after we realize we overstepped the thin boundary between "communicating" and "invading others' personal space".
Yes, there is a thing as apologizing too much, didn't you know? It really does.
Been there, done that... one big mistake.

We become estranged from those we wanted to be close to.
And then it might take a long time to even get to the point where we once were before - if ever.

Communication is a harsh mistress - miscommunication's a bitch. And the first can become the second in the blink of an eye.
It was hard the first time - harder than I ever thought.
Hopefully I got the second time around back on track before it was too late.

I'm talkative and sometimes I talk too much. I guess my saving grace is that I am sincere and do and act and live wholeheartedly; people who know me know that when I'm not telling jokes or so, what comes out of my mouth is actually coming out of my heart. Too bad some people can't handle that much sincerity.

But then again, it's their loss. I wouldn't trade it for their posture, tsk tsk, no way jose. Those who stick with me after they've known my quirks are those worth keeping. And I'd go to hell and back to keep them close and make sure they know how much I cherish them. They're that special.

So here's to you, dear friends, special friends who can get over the miscommunication and understand what I feel rather than some silly things I might say. Thank you for being in my life.

I love you.
:)

quarta-feira, 4 de abril de 2012

Oceano

Liquid pearls streaming
down my face
telling away my pain
my sorrow
my loss
why is it said they're salty?
they're not
they're bitter
they're sour
they burn
Only tears of joy are salty
like the sea
that place where
your mind wanders to.

I want to be the ocean.

WHMS

If only in real life things turned out as nice as in some Hollywood movies...



but they don't.
Not for most people, anyway.

segunda-feira, 2 de abril de 2012

Sem retorno



Sem capacete, estendo os dedos
e toco o vazio onde não estás
os meus ouvidos enchem-se
do silêncio
que me rodeia, onde o teu nome não soa
porque te guardo ferozmente, trancado
a setenta chaves no meu espírito
para que não descubram que és
o que és
e não quem digo que és.
Escondidas sob o fato de astronauta
trago na pele queimaduras
indolores, invisíveis, insuspeitas
onde as tuas mãos pousaram
ardentes
num tempo a que já perdi o tempo
marcaste-me tua, sem hipótese
de retorno ao que era,
ao que fui
num outro tempo que esmaece.
Oh, quantas vezes quis
arrancar de mim essas marcas,
tatuagens que ninguém vê
e apagar de mim a tua memória
partindo ad astra sem regressar!
Mas aterrei em mim.
Veio o tempo da calma,
pacífica aceitação
de que, mal grado o que quis,
estás embutido no que sou;
e hoje sou,
sou eu que não quero
voltar
a esse tempo perdido no tempo
em que simplesmente não eras
parte de mim.
Em que nenhum de nós era astronauta
nem tu a maior estrela no meu céu.


imagem copiada daqui

domingo, 1 de abril de 2012

Equinócio

Despes-me o olhar, e a tua sombra
aflora-me ao de leve os sentidos
tuas mãos contornam o espaço
que deixo no intervalo de nós
e um sussurro prende a alma
que quis fugir de madrugada...
Fecho os olhos, fecho a porta
fecho o segredo cá dentro
à espera que tragas a chuva
e faças florescer no meu peito
a Primavera ansiada.