segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Epa... será que vou a tempo?

“O destino costuma estar ao virar da esquina. Como se fosse um gatuno, uma rameira ou um vendedor de lotaria: as suas três encarnações mais batidas. Mas o que não faz é visitas ao domicílio. É preciso ir atrás dele.”
Carlos Ruiz Zafón, em "A sombra do vento"

Eu já o encontrei há uns tempos e não ia à procura dele. Ia a andar, simplesmente, virei uma determinada esquina e... paft! Perdi o equilíbrio, barafustei, andei para trás e para a frente e em círculos. Ele continuou parado - porque me esperava e porque era meu. Era; ou é. Não sei bem.

Falamos (quase todos!) imenso do destino, de como gostaríamos de o conhecer de antemão ou de como gostaríamos de o alterar - pensando à partida que o conhecemos muito bem, que sabemos o seu aspecto, cor, tamanho. Não tinha criado grandes expectativas mas mesmo assim fui apanhada de surpresa. Tudo porque decidi ir naquela direcção e virar aquela esquina. Mas a verdade é que não estava à espera de o encontrar (não ali, não naquele momento) e fiquei um bocado à nora.

Achei melhor resolver uma série de coisas antes de seguir o caminho que me mostrava. Sabem como é, arrumar isto, tratar daquilo, a comida do gato e a água dos vasos.
Só que o tempo passou e ainda há coisas para arrumar ou para tratar e o gato tem que comer todos os dias e os vasos continuam a ter que ser regados.

E eu não sei se ele vai esperar por mim, ali, naquela esquina. Ou se vou ter que palmilhar muitas mais esquinas para o encontrar - e aí não será necessariamente o mesmo. E posso não gostar da mudança.

Concluo que se é aquele o destino que quero para mim, o que encontrei naquela esquina, não posso andar a perder tempo. Um dia pode já não estar à minha espera...
Vou ter que deixar de me preocupar com as coisas que ainda estão por resolver. O gato e os vasos precisam de mim, sim - mas posso levá-los comigo nem que seja num carrinho de mão. Quem sabe? Até podem gostar. Importante é agarrá-lo, ao meu destino, antes que seja demasiado tarde.

terça-feira, 7 de setembro de 2010

Quando se copia o "gostar"

Quando não se tem originalidade, o mais fácil é copiar. Mas ao menos que se respeite o original, não se limitando a colocar apenas umas iniciaizinhas de caca no fim do texto sem sequer um link quando o texto que se copiou também está online. E com as formatações bem feitinhas ainda por cima.

Há quem diga que a imitação é uma forma de admiração.
Pois eu continuo a achar que o plágio é uma coisa muito feia. E vai daí que hoje resolvi fazer algo quanto a isso.