sábado, 30 de outubro de 2010

Cold hands, warm heart

It's cold.
Outside, the rain pours over everything, thundering on the tile roof. I put on my coat and grab some coffee to warm me up, to warm my cold cold hands.
The sound of the unstopping rain is almost unbearable... I play a beautiful song to lift up my spirits but the only thing I get is starting to look out through the window wondering where you are.

I carry you here beating-heart- and there's something of you in everything that I love.
Yes, it's the same song I shared a while ago. But that doesn't mean what it says isn't true, because it is. It is.

No matter how long.

terça-feira, 19 de outubro de 2010

O medo

Num dos blogues que costumo visitar (esses aí da listinha da esquerda, podem ir vê-los, não vão ser maltratados nem vos vão cair os dedos ou qualquer outra extremidade que considerem importante) fixei os olhos numa imagem e, de facto, parei com o resto para atentar no que lia.
O Zhu Di, do Acatar, tem uma capacidade tremenda de captar imagens que me fazem sorrir, sonhar, pensar. Acho que é a profissão dele, mas isso não vem ao caso. O importante é que um texto sobre a contestação a Berlusconi foi ilustrado com várias imagens. E uma delas foi "a tal".
Algo tão simples como uma rapariga de cócoras numa manifestação a estender um pano, lençol, sei lá o quê, com uns bonecos tipo pacman em roxo-viola.

O que me prendeu o olhar, a atenção, foi a t-shirt que ela vestia.

"Chi ha paura muore ogni giorno, chi non ha paura muore una volta sola."
Isto, traduzido às três pancadas sem peixe-de-babel, dá algo como "Quem tem medo morre em cada dia, quem não tem medo morre uma só vez".

Pus-me a pensar com os meus botões (ou melhor, com as contas da pulseira que hoje só tenho um botão). Morrer todos os dias é uma treta. Se calhar é por isso que eu ando com pouca energia, ando a morrer diariamente sem dar por isso e a recuperação é do caraças.

Eu sei do que é que tenho medo.
Talvez esteja na altura de perdê-lo.

domingo, 17 de outubro de 2010

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Exames

Desiludam-se caso tenham vindo aqui parar à procura de respostas a algum tipo de teste. Eu não tenho respostas e devo ter tantas ou mais perguntas do que vocês, à conta da idade.
Acontece é que fui à consulta da medicina do trabalho e recebi os resultados dos exames. Diagnóstico: "Tudo nos parâmetros normais. O cardiologista aconselhou a fazer umas caminhadas, mais nada."
Espreitei os papelinhos... tenho umas hemácias rechonchudas e o colesterol deve estar em saldos porque havia pouco. Mas no ECG havia uma nota de rodapé: Notice: Borderline abnormal.

Eu pensava que às vezes não batia muito bem da tola mas nunca tive confirmação. O que pelos vistos ficou provado é que o meu coração não é muito normal. Anda lá pela beirinha entre o igual-aos-outros e o maluco.
Pois, já calculava. Tenho um coração idiota.
Isso explica um monte de coisas.

domingo, 10 de outubro de 2010

Lousy weather

Às vezes acordo de madrugada e ouço a chuva.
Fico com pena de quem àquela hora anda já na rua, a trabalhar ou a caminho disso, sob uma carga de água intensa.
Não me interpretem mal - não desgosto da chuva nem tenho medo dela (excepto quando cai um aguaceiro medonho enquanto vou a conduzir). Mas prefiro ouvi-la quando estou enroscada na caminha :)

Por outro lado, adoro uma boa noite de trovoada. Há algo que me faz sentir viva, desperta e com vontade de ir lá para fora dançar e dar pulos, como se o trovão me chamasse. Fico à janela à espera do próximo clarão, quase ansiosa, contando os segundos até ouvir o estrondo.

Já uma vez - há muito tempo - fiquei debruçada na janela numa noite assim e consegui fotografar um relâmpago; não sei é o que foi feito dessa foto, mas lembro-me de olhar para ela e recordar as sensações dessa noite e as conversas do dia seguinte com um amigo.
"Caneco, viste a trovoada de ontem?"
"Epá, foi forte! Choveu à brava."
"Bem, acreditas que havia um maluco qualquer a correr rua abaixo debaixo da chuvada?"
"Pois, era eu! Mas havia alguém mais maluco que estava numa janela a tirar fotografias!"
"Ah... pois! Essa era eu..."

Fotos de relâmpagos. Hei-de voltar a tirar uma, um dia destes :) mas enquanto é apenas chuva, deixo-me ficar no quentinho.
É tão bom...

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Boa pergunta...

Life coaching, amigos próximos, psicólogos, etc., dizem-nos que para nos sentirmos felizes temos que nos realizar pessoalmente. Que temos que fazer o que manda o coração, a alma, o Id, whatever, caso contrário continuaremos insatisfeitos. E que tendemos a arranjar mil e uma desculpas para não o fazer porque, no fundo, temos medo.

Ora, se não tentamos atender ao desejo da alma por questões muito terra-a-terra como a renda da casa ou a conta da luz... estamos a ter medo ou apenas a ser muito práticos?