"O amor não se percebe. Não é para perceber. O amor é um estado de quem se sente. O amor é a nossa alma. É a nossa alma a desatar. A desatar a correr atrás do que não sabe, não apanha, não larga, não compreende."
[Miguel Esteves Cardoso]
O sítio onde os meus pensamentos se transformam em palavras ... e onde os colo conforme me dá na telha
quinta-feira, 31 de março de 2016
domingo, 6 de março de 2016
< END >
Por fim, o adeus.
Não havia volta a dar, claro. Nem retrocesso, curva ao lado, nem nada - apenas caminhos que se tornaram divergentes.
Ainda assim, esperava... algo. Não ter sido tão facilmente esquecida, talvez, como se nunca me tivesse cruzado sequer com aquelas pessoas. Mas não deixei que isso me modificasse a intenção que levava, de despedir-me da mesma forma que usei para lidar com os outros nesses dois anos: o mimo, a doçura.
Sei que não serei apagada de todas as memórias, que algumas pessoas que me foram e são queridas também não me esquecerão - e até se lembrarão, de tempos a tempos, de me ligar ou mandar uma mensagem a perguntar como estou e o que tenho feito, tal como tenciono fazer no sentido contrário. E talvez nos encontremos por aí, por acaso ou por acordo, e troquemos sorrisos e abraços e notícias.
E sei que haverá quem, embora se recorde, não vá sequer pegar num telemóvel para escrever "olá, como estás?" ou responder à mesma pergunta. Porque manter amizades, quando as pessoas não se vêem e falam diariamente, depende de duas coisas: ou de um laço tão, tão forte que os dois podem estar meses, anos sem se falar e ao reconectar-se tudo clica no sítio como se tivessem estado juntos ainda na véspera, ou então de um esforço, ainda que pequeno, de parte a parte para que o fio criado pela convivência não se rompa.
Há fios que não quero romper, laços que não quero quebrar.
Laços que quereria ver mais apertados. Mas não sei se tal será possível - porque, mesmo que eu esteja disposta ao "esforço", ninguém me garante que do outro lado se darão ao trabalho de me responder. E, se isso acontecer, vai doer, porque dói sermos ignorados.
Sei, porque já aconteceu - e magoou.
Mesmo assim estou disposta a tentar de novo; é que, mesmo que quem está do outro lado não esteja disposto a esforçar-se, eu estou, porque acho que a amizade merece ser alimentada.
E há amizades que merecem até ser nutridas, para que cresçam e floresçam.
Para que se tornem árvores grandes e frondosas.
Algumas árvores em particular serão regadas e acarinhadas para que o laço não se perca - pequeno fio que me liga a quem trago no coração.
Não havia volta a dar, claro. Nem retrocesso, curva ao lado, nem nada - apenas caminhos que se tornaram divergentes.
Ainda assim, esperava... algo. Não ter sido tão facilmente esquecida, talvez, como se nunca me tivesse cruzado sequer com aquelas pessoas. Mas não deixei que isso me modificasse a intenção que levava, de despedir-me da mesma forma que usei para lidar com os outros nesses dois anos: o mimo, a doçura.
Sei que não serei apagada de todas as memórias, que algumas pessoas que me foram e são queridas também não me esquecerão - e até se lembrarão, de tempos a tempos, de me ligar ou mandar uma mensagem a perguntar como estou e o que tenho feito, tal como tenciono fazer no sentido contrário. E talvez nos encontremos por aí, por acaso ou por acordo, e troquemos sorrisos e abraços e notícias.
E sei que haverá quem, embora se recorde, não vá sequer pegar num telemóvel para escrever "olá, como estás?" ou responder à mesma pergunta. Porque manter amizades, quando as pessoas não se vêem e falam diariamente, depende de duas coisas: ou de um laço tão, tão forte que os dois podem estar meses, anos sem se falar e ao reconectar-se tudo clica no sítio como se tivessem estado juntos ainda na véspera, ou então de um esforço, ainda que pequeno, de parte a parte para que o fio criado pela convivência não se rompa.
Há fios que não quero romper, laços que não quero quebrar.
Laços que quereria ver mais apertados. Mas não sei se tal será possível - porque, mesmo que eu esteja disposta ao "esforço", ninguém me garante que do outro lado se darão ao trabalho de me responder. E, se isso acontecer, vai doer, porque dói sermos ignorados.
Sei, porque já aconteceu - e magoou.
Mesmo assim estou disposta a tentar de novo; é que, mesmo que quem está do outro lado não esteja disposto a esforçar-se, eu estou, porque acho que a amizade merece ser alimentada.
E há amizades que merecem até ser nutridas, para que cresçam e floresçam.
Para que se tornem árvores grandes e frondosas.
Algumas árvores em particular serão regadas e acarinhadas para que o laço não se perca - pequeno fio que me liga a quem trago no coração.
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