Fala-se muito em ciclos. Em periodização. No retorno das modas, das crises, na repetição da História.
Ciclos, cí(r)c(u)los.
Acho que se "insiste" demasiado na figura do ciclo vicioso. A vida não tem que ser necessariamente uma repetição de coisas más ou desagradáveis, de cair nos mesmos erros e asneiras.
De cada vez que fazemos cara feia a quem no-la faz também, entramos nesse ciclo. De cada vez que respondemos com um gesto obsceno a um insulto, entramos nesse ciclo. De cada vez que buzinamos e insultamos quem se mete à má-fila à nossa frente num trânsito pára-arranca, entramos nesse ciclo.
Ok. Eu sei que sabe bem na altura. Que nos alivia a irritação. Mas é só por um bocadinho, porque vamos levar um pedaço dessa irritação o resto do dia connosco. E transmiti-la a outras pessoas que nada tiveram a ver.
Pensem comigo:
- quem vos fez cara feia, não poderia estar com dor de dentes?
- quem atirou com um insulto, será que estava mesmo a falar convosco ou que sabia sequer o que estava a dizer? (pensem em "síndrome de Tourette" e na cena do Mr. Bean nos EUA, acenando o dedo médio orgulhosamente erguido aos passantes, convencido de que era um simpático aceno "muito americano")
- quem se atravessou à vossa frente no trânsito, será que foi mesmo à má-fila ou apenas porque não vê/ouve muito bem? (eu sei que isso são excelentes razões para se deixar o carro em casa! mas pronto)
O que vos convido a fazer é algo que tenho tentado (nem sempre com sucesso) pôr em prática de há uns tempos para cá e que toda a gente gosta quando vai às compras: dar um desconto. Contar até 10, 20 ou 30 e depois ver se vale a pena uma reacção irritada. Mais de metade das vezes, não vale mesmo.
Dar um desconto aos outros permite-nos interromper um ciclo vicioso e iniciar um ciclo virtuoso. A boa disposição, tal como a má, tende a espalhar-se.
Chego ao trabalho mais calma e às vezes a rir porque opto pelo sarcasmo em vez do insulto no caso do trânsito ("ei, este deve pertencer ao circo porque esta manobra foi uma grande palhaçada!");
às pessoas que se metem na frente na fila da caixa do hipermercado, um "o sr. não deve ter reparado mas a fila acaba ali atrás..." dá ao infractor/latoso uma hipótese airosa de se safar sem ficar com as orelhas a arder;
às pessoas com quem me cruzo na passadeira e respondo a uma carranca com um sorriso, das duas uma, ou sorriem também ou vão o resto do caminho a pensar se terão a cara suja, a barba mal feita ou o rímel esborratado. Either way, I win.
Admito, há alturas em que verifico que quem se atravessou à minha frente numa rotunda a falar ia a falar ao telemóvel ou simplesmente achou que por ter um carro maior/melhor do que o meu tinha mais direito de passar. Se mesmo depois de dar o tal desconto ainda acho que se portaram como umas bestas ... mando-os brincar com um cone de sinalização.
E o sorriso que me nasce na cara depois de uma frase dessas é, normalmente, contagioso.
O sítio onde os meus pensamentos se transformam em palavras ... e onde os colo conforme me dá na telha
quarta-feira, 24 de junho de 2009
sexta-feira, 19 de junho de 2009
Yes I am!
Não consigo fazer parar a vida, o mais perto disso é algum pequeno abrandamento - infelizmente quase sempre seguido de alguma aceleração brutal.
Portanto, tenho mesmo é que levantar a cabeça, olhar para o espelho bem de frente e dizer:
YES, I AM!
Wonderful (Radio Edit) - Gary Go
Com a cabeça a direito consigo olhar mais longe - talvez descubra como sair do carrocel ...
Portanto, tenho mesmo é que levantar a cabeça, olhar para o espelho bem de frente e dizer:
YES, I AM!
Wonderful (Radio Edit) - Gary Go
Com a cabeça a direito consigo olhar mais longe - talvez descubra como sair do carrocel ...
quinta-feira, 18 de junho de 2009
Stop!
Às vezes a vida corre demasiado depressa, como um carrocel estragado rodando constantemente. Incessantemente. De vez em quando abranda, outras vezes acelera de forma descontrolada. Bem podemos desejar que se imobilize mas não é assim que as coisas se passam.
Ou então sou eu que não consigo acompanhar-lhe o passo, a pedalada, a corrida.
Epá ... não há um sinal de alarme? Um cordão qualquer?
Quero puxá-lo, accionar a sirene e mandar parar a vida por um momento, como se fosse um comboio. Para ter tempo de olhar em volta e pensar bem no que vou fazer a seguir em vez de apenas reagir ao que me vai surgindo pela frente.
Estou cansada. Preciso de uma pausa ...
Ou então sou eu que não consigo acompanhar-lhe o passo, a pedalada, a corrida.
Epá ... não há um sinal de alarme? Um cordão qualquer?
Quero puxá-lo, accionar a sirene e mandar parar a vida por um momento, como se fosse um comboio. Para ter tempo de olhar em volta e pensar bem no que vou fazer a seguir em vez de apenas reagir ao que me vai surgindo pela frente.
Estou cansada. Preciso de uma pausa ...
terça-feira, 9 de junho de 2009
segunda-feira, 8 de junho de 2009
domingo, 7 de junho de 2009
Olhar(es)
Mais uma cover - das que correu bem.
Lindo ...
In Your Eyes - Darren Hayes
In your eyes, the light, the heat
I am complete
I see the doorway to a thousand churches
the resolution through all my the fruitless searches
Oh I see the light I see the heat
Oh, I want to be that complete
I want to touch the light, the heat, I see in your eyes
Lindo ...
In your eyes, the light, the heat
I am complete
I see the doorway to a thousand churches
the resolution through all my the fruitless searches
Oh I see the light I see the heat
Oh, I want to be that complete
I want to touch the light, the heat, I see in your eyes
sexta-feira, 5 de junho de 2009
Lost
Where were you
When everything was falling apart?
All my days
Were spent by the telephone
It never rang
And all I needed was a call
It never came
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