Às vezes acordo de madrugada e ouço a chuva.
Fico com pena de quem àquela hora anda já na rua, a trabalhar ou a caminho disso, sob uma carga de água intensa.
Não me interpretem mal - não desgosto da chuva nem tenho medo dela (excepto quando cai um aguaceiro medonho enquanto vou a conduzir). Mas prefiro ouvi-la quando estou enroscada na caminha :)
Por outro lado, adoro uma boa noite de trovoada. Há algo que me faz sentir viva, desperta e com vontade de ir lá para fora dançar e dar pulos, como se o trovão me chamasse. Fico à janela à espera do próximo clarão, quase ansiosa, contando os segundos até ouvir o estrondo.
Já uma vez - há muito tempo - fiquei debruçada na janela numa noite assim e consegui fotografar um relâmpago; não sei é o que foi feito dessa foto, mas lembro-me de olhar para ela e recordar as sensações dessa noite e as conversas do dia seguinte com um amigo.
"Caneco, viste a trovoada de ontem?"
"Epá, foi forte! Choveu à brava."
"Bem, acreditas que havia um maluco qualquer a correr rua abaixo debaixo da chuvada?"
"Pois, era eu! Mas havia alguém mais maluco que estava numa janela a tirar fotografias!"
"Ah... pois! Essa era eu..."
Fotos de relâmpagos. Hei-de voltar a tirar uma, um dia destes :) mas enquanto é apenas chuva, deixo-me ficar no quentinho.
É tão bom...
1 comentário:
...E quem era o amigo?Conhecemos um,duas vezes doido...uma por fotografar,outra por ser mesmo doido ;-)...será este?
...E no quentinho é bom sim senhora ;-)
Bj*
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