- Hamei-te, sabias?
- Pff, escreveste mal
- É porque foi um erro...
O sítio onde os meus pensamentos se transformam em palavras ... e onde os colo conforme me dá na telha
quarta-feira, 4 de janeiro de 2017
Let the storm rage on
It's time to see what I can do
To test the limits and break through
No right, no wrong, no rules for me I'm free!
Let it go, let it go
I am one with the wind and sky
Let it go, let it go
You'll never see me cry!
Here I stand
And here I'll stay
Let the storm rage on!
terça-feira, 3 de janeiro de 2017
Intervalo
O espaço foi preenchido por silêncio de rádio.
O tempo passou.
Continuo a ser eu mesma mas já não sou a mesma.
- O que quer isso dizer? perguntas
Tudo muda, e todos, sem excepção - entropia.
Também és quem és mas já não és quem eras.
Já não te conheço embora te reconheça.
Agora que já expliquei, podemos fazer reboot?
Sem falsas partidas, voltar ao início?
Olá, sou a XR.
Acho que esta poderá vir a ser uma bela amizade.
O tempo passou.
Continuo a ser eu mesma mas já não sou a mesma.
- O que quer isso dizer? perguntas
Que já não me conheces - respondo
E que te recuso o direito
de achar que sim.
E que te recuso o direito
de achar que sim.
É arrogância - digo-te
achares que sabes porque
faço o que faço
ou digo o que digo
sem sequer me perguntar.
achares que sabes porque
faço o que faço
ou digo o que digo
sem sequer me perguntar.
Tudo muda, e todos, sem excepção - entropia.
Também és quem és mas já não és quem eras.
Já não te conheço embora te reconheça.
Agora que já expliquei, podemos fazer reboot?
Sem falsas partidas, voltar ao início?
Olá, sou a XR.
Acho que esta poderá vir a ser uma bela amizade.
Círculos
Dias, horas, minutos foram passando e já lá vão quase cinco anos.
Demorei a enterrar os sonhos e a apagar os números.
Acabei por fazê-lo, não contra vontade mas com alguma tristeza. Há sempre tristeza quando deixamos para trás um capítulo que consideramos não ter sido devidamente encerrado, mas que só uma completa loucura justificaria manter em aberto, como uma ferida à qual se arrancam constantemente as crostas - sem deixar fechar, cicatrizar, sarar de vez.
E, no entanto, como tantas vezes acontece em filmes e em livros, a história que ficou por contar alcandora-se de novo no horizonte, como uma carruagem de um comboio louco num círculo mal desenhado. Desafiando-me.
Paro e semicerro os olhos, sem saber bem o que fazer. Tento focar à distância mas o que consigo ver é muito pouco. Quero ver mais, mas não ouso pedir. Talvez agora, como mera espectadora, pudesse assistir ao desenrolar dos eventos, os encontros e desencontros e as batalhas. E sorrio ao pensar no clamor de metal contra metal de espadas desembainhadas... ou não fosse eu quem sou.
É que, apesar do tempo que já passou, ainda mantenho (pelo menos parcialmente) o que disse.
Não foi o medo que me tolheu.
Não foi a doença nem a descrença.
Ainda seria capaz de fazer o que disse que faria.
Mas a história mudou. Já não é a mesma, pois que nem eu sou já a mesma.
Ela lá está, a história - noutros locais, com outros personagens, diferentes vontades e ambições.
Talvez a história seja eterna - círculos atrás de círculos, dentro de círculos.
E talvez eu possa voltar a entrar nela, só o tempo necessário para cumprir o meu papel e voltar a desembarcar, encerrando de vez o capítulo.
Ou talvez não.
Demorei a enterrar os sonhos e a apagar os números.
Acabei por fazê-lo, não contra vontade mas com alguma tristeza. Há sempre tristeza quando deixamos para trás um capítulo que consideramos não ter sido devidamente encerrado, mas que só uma completa loucura justificaria manter em aberto, como uma ferida à qual se arrancam constantemente as crostas - sem deixar fechar, cicatrizar, sarar de vez.
E, no entanto, como tantas vezes acontece em filmes e em livros, a história que ficou por contar alcandora-se de novo no horizonte, como uma carruagem de um comboio louco num círculo mal desenhado. Desafiando-me.
Paro e semicerro os olhos, sem saber bem o que fazer. Tento focar à distância mas o que consigo ver é muito pouco. Quero ver mais, mas não ouso pedir. Talvez agora, como mera espectadora, pudesse assistir ao desenrolar dos eventos, os encontros e desencontros e as batalhas. E sorrio ao pensar no clamor de metal contra metal de espadas desembainhadas... ou não fosse eu quem sou.
É que, apesar do tempo que já passou, ainda mantenho (pelo menos parcialmente) o que disse.
Não foi o medo que me tolheu.
Não foi a doença nem a descrença.
Ainda seria capaz de fazer o que disse que faria.
Mas a história mudou. Já não é a mesma, pois que nem eu sou já a mesma.
Ela lá está, a história - noutros locais, com outros personagens, diferentes vontades e ambições.
Talvez a história seja eterna - círculos atrás de círculos, dentro de círculos.
E talvez eu possa voltar a entrar nela, só o tempo necessário para cumprir o meu papel e voltar a desembarcar, encerrando de vez o capítulo.
Ou talvez não.
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