sob as estrelas indiferentes
observo o azimute corrompido
(não sei para onde ir a partir daqui)
e o vento, em fúria, levou
a esperança de te rever
(a dor, a dor rouba-me as forças)
Desalentada, deito-me no convés
e adormeço à sombra
dos amanhãs vazios de ti.
P.S.
Seria mais fácil se conseguisse chorar,
fazer o luto pelo que ficou pelo caminho;
mas a frieza cirúrgica com que te afastaste
cortou-me a linha central
entre o coração e os olhos.
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