Será talvez pedir demasiado
que o sonho que albergo
no âmago do coração
se liberte, se concretize
...
Tenho medo, receio, sei lá
do incumprimento do sonho
de o ver perder-se nas brumas
de uma ilha longínqua de fantasia
onde os “Talvez...” brincam
às escondidas com os “E se...”
Sonho que persigo,
sonho que acalento,
sonho que me tortura,
sonho que desperta
em cada adormecer
solitariamente acompanhado.
Um sonho que se arrisca
a ficar perdido numa terra do nunca
local onde, entre brincadeiras,
abandonados por fim
por quem os sonhou
sentiu
imaginou ...
há sonhos que morrem sozinhos
na fria aurora da realidade.
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