Numa noite de estrelas cadentes,
há meses que pareceram anos,
rendi-me ao infinito
das longas horas
sem te saber
(e tu, sempre tão perto).
Outras estrelas estão agora
de passagem,
e continuo sem te saber
e sem saber
se sabes
que és tu quem eu queria
ao meu lado, a contá-las.
Mas tu,
tu continuas
(a cada dia tão perto)
sem dar qualquer sinal
de que suspeites sequer
o que és e significas
(como é possível
viver dentro do coração
de alguém
e não o saber?)
Outras estrelas virão
e passarão, céleres,
pelo firmamento
numa noite como esta.
Será que te saberei
então?
E tu, onde estarás?
Será que (me) saberás?
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