Uma parede a toda a volta.
Foi essa a sensação esta noite, na estrada, ao sair do trabalho. Nevoeiro denso a ponto de não saber a que distância estava a saída que eu tinha que apanhar, ou sequer se já a tinha passado sem dar por isso.
"Algodão em rama", "sopa de ervilhas", já ouvi várias comparações para tentar descrever um nevoeiro assim espesso. Mas nenhuma consegue transmitir a ideia, a sensação de isolamento e desorientação que se tem numa noite destas, em que perdemos a noção de onde estamos e para onde vamos. Só as luzes de outros carros nos mostram que não estamos sozinhos.
Às vezes, a vida coloca-nos em situações em que nos defrontamos com a mesma sensação. A noite pode estar perfeita e o céu claro de luar, mas isso não impede que tudo nos pareça escuro.
Num momento ou noutro, por diferentes razões, acontece-nos a (quase) todos: sentir que estamos perdidos no nevoeiro e não sabemos para onde ir.
Nessa altura, para os que têm essa sorte, há uma luz que se acende, uma mão que se estende, uma palavra que nos indica o caminho.
Os Amigos são as luzes que nos guiam de volta a casa.
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